O “histórico” socialista, deputado há 34 anos, confessa que gostaria de ter visto o partido governar de outra maneira e sublinhou a necessidade de este não esquecer a “sua” esquerda, pondo de lado um “discurso emprestado”.
Apesar de pedir um pouco mais de esquerda, Alegre esclarece que continua a querer o PS, ainda que admita a perda de grande parte da sua base social.
No entanto, lembra, ainda há tempo para o partido “acordar”.
Ontem, em declarações à agência Lusa, Alegre disse que a “razão principal” para a sua saída da lista de deputados para as próximas legislativas foi a aprovação do Código do Trabalho pelo PS. “O Código do Trabalho é muito negativo”, contou no último dia de trabalhos normais da Assembleia da República – ainda há uma sessão plenária no dia 23 – antes do final da legislatura.
O deputado contou que teve outros convites por parte da direcção do partido mas a sua resposta está dada: “Não posso estar a dizer isso [que não está disponível] de hora a hora. É ridículo. Já disse que não integro as listas, está feito”.
Sobre as políticas do Governo de José Sócrates e o futuro do PS, Alegre comentou que se achasse que o partido “estava a ir na direcção certa com certeza que era candidato a deputado”.
in Público
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