Governo· Financiamento da festa do Avante! vai ser legalizado (Diário Económico)O líder parlamentar do PS, Alberto Martins, garantiu ontem que a nova lei de financiamento dos partidos, que deve ser hoje votada na Assembleia da República, "não pretende mudar o paradigma do financiamento" dos partidos. Alberto Martins acrescenta, por isso, que não há nenhuma intenção de ilegalizar a recolha de donativos durante a tradicional festa do Avante!, que é uma das principais fontes de receita do PCP. Pelo contrário, o líder do grupo parlamentar socialista sublinha até que "o objectivo é acomodar as propostas dos partidos mais pequenos" mas, quando questionado sobre a formulação da lei que vai hoje a votação na comissão dos Assuntos Constitucionais, o antigo ministro da Reforma da Administração fecha-se em copas: "Não queria avançar pormenores antes de falar com os outros partidos". · Cavaco Silva tem a última palavra (Diário Económico) // Cavaco recusa europeias e legislativas na mesma data (Diário de Notícias) // Cavaco decide legislativas após europeias Se não houver surpresas, as eleições legislativas e as autárquicas serão realizadas em separado, entre Setembro e Outubro. A possibilidade de as duas eleições ocorrerem em conjunto é, no entanto, possível, mas só o PSD está interessado nisso, pelo que o Presidente da República não deverá fazer coincidir as datas. As posições, aliás, dividem-se e muito se tem especulado sobre essa hipótese, mas tudo depende de uma conjugação de vontades entre o primeiro-ministro e o Presidente da República. "Se não se entenderem, será um sinal claro de que a coabitação já teve melhores dias", ironizou uma fonte parlamentar socialista ao Diário Económico. · Governo desvaloriza quebra nas pensões e diz que agora são "viáveis" (Diário Económico)O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, desvalorizou ontem a redução no valor das pensões dos portugueses que, na sequência da reforma do Governo, vão corresponder no futuro a uma proporção muito mais baixa do salário. Comentando o relatório da OCDE - ontem noticiado pelo Diário Económico segundo o qual as pensões de quem está hoje no activo não irão em média além dos 54,1% face aos anteriores 90%, Vieira da Silva preferiu sublinhar que Portugal passou a ser "um país de pensões viáveis". "As mudanças que foram feitas na Segurança Social tiveram como objectivo assegurar o pagamento das pensões daqui a 10, 20, 30 anos", frisou o ministro. · PS isolado na rectificação do Código do Trabalho (Diário Económico)Os partidos da oposição foram ontem unânimes - a forma encontrada pelo PS para colmatar a omissão de contra-ordenações no actual Código do Trabalho não é conforme à lei. PSD, CDS, PCP e BE votaram contra a proposta socialista (uma rectificação à lei laboral) aprovada apenas com os votos da maioria parlamentar. "A situação criada é muito delicada, estão a tentar dissimulá-la", acusou o deputado do PSD, Adão e Silva, criticando o PS por "tentar corrigir um erro com outro erro". Pedro Mota Soares, do CDS, deixou um alerta: "O que pode acontecer é que o Código do Trabalho chegue aos tribunais e comece a ser inundado de pedidos de inconstitucionalidade". "Não se trata de pequenas alterações, mas de questões de fundo", sublinhou também o comunista Jorge Machado, enquanto Mariana Aiveca, do BE, apontou "um mecanismo de claro subterfúrgio" na correcção da lei. · Cavaco lembra "lição de Berlim" como sinal de esperança para derrubar o muro da crise (Público)A crise marcou, como se esperava, o primeiro dia da visita à Alemanha. Mas a política nacional também apareceu - e com direito a um recado aos partidos Cavaco Silva fez questão que fosse um momento marcante na sua visita à Alemanha. Por isso colocou logo no primeiro dia da sua deslocação ao país a passagem pela Porta de Brandemburgo, a mais emblemática ligação entre as duas Alemanhas até à queda do muro de Berlim, a 8 de Novembro de 1989, e que reunificou o país. Fê-lo a pé, impondo solenidade ao acto, ao lado de Maria Cavaco Silva e do presidente da câmara da cidade, Klaus Wowereit. Lentamente, de oeste para leste, enquanto ouvia as explicações do autarca, o chefe de Estado português assinalava assim a queda do muro.
Oposição· PSD é o único partido que quer juntar eleições (Diário Económico)O PSD é o único partido que defende que as eleições legislativas deste Outono devem coincidir com as autárquicas. Na ronda de contactos que o Diário Económico fez ontem pelos restantes partidos com assento parlamentar, nenhum outro defende que se juntem estas eleições. Todos, no entanto, rejeitam comentar a entrevista que o Presidente da República deu ontem a um jornal alemão, e optam por apenas "relembrar" a posição oficial de cada partido. Numa entrevista ao jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung", Cavaco Silva garantiu que vai orientar-se pelas posições que os partidos lhe transmitirem. Ora, como todos, à excepção do PSD, defendem eleições separadas, se Cavaco Silva alinhar a sua posição pela maioria dos partidos, terá de marcar as legislativas para antes das autárquicas, entre Setembro e Outubro (ver datas possíveis na caixa ao lado, nesta página). · Marcelo rejeita ser candidato nas europeias (Diário de Notícias) // Petição on-line lança Marcelo Rebelo de Sousa para encabeçar lista do PSD nas eleições europeias (Público)Marcelo Rebelo de Sousa não está disponível para ser o cabeça de lista do PSD nas eleições europeias de 7 de Junho. Ao DN, o antigo presidente social-democrata antecipa-se a um eventual convite e é taxativo na recusa em liderar as listas do seu partido para o Parlamento Europeu: "Não estou para aí virado, sempre fui muito mais uma pessoa de tarefas executivas". A resposta de Marcelo Rebelo de Sousa surge após movimentações crescentes de militantes do PSD durante esta semana e após ter sido tornado público o nome do cabeça de lista do PS, Vital Moreira, no fim de semana passado, durante o congresso socialista, em Espinho. Vários sectores do partido dirigido por Manuela Ferreira Leite torcem pela solução Marcelo, tendo inclusivamente sido lançada esta semana uma petição online com o intuito de impulsionar uma eventual candidatura.· Ferreira Leite critica "culto" de Sócrates no congresso (Público) // PSD já tem perfil para candidato (Jornal de Notícias)Manuela Ferreira Leite considerou ontem que o congresso do PS foi uma "manifestação de culto" da personalidade de Sócrates, excessiva e imprópria em tempos de crise. "Não se ouviu uma palavra sobre os problemas do país", criticou a líder do PSD.
Opinião · SOCIALISMO DO NADA DE NOVO (Diário de Notícias)Em artigo de opinião, Baptista Bastos afirma que “o chamado congresso do PS não foi carne, nem peixe, nem arenque vermelho. E José Sócrates age como um sedativo e é presa da sua própria ansiedade. Os habituais comentadores do habitual reagiram como habitualmente: em flagrante delito de incompreensão. Também, pouco havia para compreender: les jeux sont faits e Sócrates preparou a apoteose com a minúcia e a frieza de um jogador de póquer. Mas ele não desconhece que o chinfrim é só fumaça, e que o retumbante resultado de quase cem por cento, nas "directas", não representa nenhuma vantagem definitiva. A rudeza do combate já se adivinha. Como ele não falou para o exterior, como nada disse depois de muito falar, como demonstrou um silencioso desprezo pelos males gerais da sociedade - este político medíocre, que tem alta ideia de si próprio, retoma-a, para uma plateia de ombros caídos e lugubremente submissa. Porém, aquela plateia não é o País, nem sequer expressiva do PS. Tenham lá paciência e haja Freud!”
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