quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A ILUSÃO ESTATÍSTICA

A redução do insucesso escolar, anunciada com pompa e circunstância pelo Governo, é um estudo estatístico que pouco vale.
Apenas indica que há menos alunos a chumbar, mas isso não significa que a escola ensine melhor e os estudantes aprendam mais.

O facilitismo dos exames e a pressão exercida sobre os professores para passarem alunos explicam esta ilusão estatística. Há o perigo da satisfação estatística com os resultados condenar milhares de jovens a uma vida de analfabetismo funcional , apesar de o sistema de educação lhes atribuir um diploma que pouco valerá.

Não é por determinação genética que entre os melhores alunos das escolas públicas portugueses se encontram os filhos dos imigrantes de Leste.
A explicação reside nos hábitos de trabalho e de exigência, a que esses imigrantes estão habituados, mas que são raros em Portugal.

Não se aprende sem trabalho, nem exigência, e isso explica a razão por que grande parte dos alunos portugueses odeia a Matemática e nas comparações internacionais os portugueses têm péssimos resultados.

Se a escola tiver o objectivo de passar alunos, só porque é politicamente conveniente, esquecendo–se de preparar os jovens para um mundo real difícil e competitivo, está a prestar um péssimo serviço e a contribuir para o empobrecimento do País”.


Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto do CM

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