sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

É A PRESSÃO FAMILIAR, ESTÚPIDOS!

O Público descobriu ontem uma evidência estatística com décadas: o sexo feminino anda a alcançar melhores resultados escolares que o masculino. Desde a década de 80 que o número de raparigas inscritas na Universidade de referência em Portugal é superior em quase todos os cursos. As explicações também são fantásticas: basicamente parece que o ensino é mais virado para elas, os professores não se preocupam com as diferenças, e mais meia-dúzia de idiotices pegadas, dignas de quem nunca meteu os pés numa escola, e faz pseudo-ciência através de uns inquéritos e similares.
A razão, meus senhores e senhoras, é muito simples, e nada simpática: o tratamento familiar dado à menina não é o mesmo que é dado ao menino. A menina é mais reprimida, mais pressionada, não a deixam sair de casa tantas vezes, e sabe que prosseguir estudos é hoje o equivalente ao matrimónio para se pirar de casa.
É a mentalidade arcaica que funciona como alavanca de algo que nada tem de especial: qual é o problema de termos gerações onde o saber é maioritariamente feminino, se durante séculos a inversa foi verdadeira?

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