Acerca da arte contemporânea (sobre a qual tudo se pode dizer sem dizer nada), fiz esta pequena reflexão, após uma pequena conversa que ouvi:
Recuso considerar a esquematicidade e as técnicas artísticas 
como dimensão imprescindível e fundamental da arte. 
A arte começa, a meu ver, na intersecção dos factores técnicos 
com os factores culturais e humanos, isto é, na estruturação 
e na formação do homem global onde assenta a verdadeira 
expressão da vida, rampa de lançamento para as questões 
da essência. 
A arte é uma atitude quase intemporal e projectiva, 
e não apenas uma habilidade, uma tecnologia, ou um modo 
de inserção no que quer que seja. Desta forma, sendo ela 
nuclearmente individuísta, não é individualista, podendo ser 
tanto mais de cada um quanto mais livremente for de todos. 
Daqui, a contradição entre a subjectividade da consciência artística 
e a perversa orientação no sentido das influências, 
sejam elas quais forem.
A arte não assinala os passos nem se mede a metro 
ou a baldes de tinta. Os passos e as medidas pertencem 
ao mundo da moda, e a moda, como mistificação dialéctica, 
é a morte da arte.Adão, in Aventar 
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