segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

VINHAS-ME AO PAU!

Uma festa minhota de família, dificilmente não tem no seu programa uma sueca. Refiro-me, obviamente, ao jogo de cartas.
Trata-se de uma prática desportiva altamente sofisticada, contando, inclusive, com sinais codificados para que os parceiros troquem informações durante o jogo sem que se quebre a regra de que não se fala durante a partida.
O melhor de tudo, são os comentários no fim de cada jogo, quer entre os jogadores quer entre a assistência que vai circundando a mesa de jogo e fazendo comentários em surdina. Tais comentários em cada final de partida quase sempre se reportam ao modo como determinada jogada foi feita e como deveria ter sido, as más opções de um jogador ou de parceiros e qual seria a opção certa.
É neste momento que se assiste às mais bizarras afirmações e conversas, do género:

“- Vinhas-me ao pau! Eu baldava a copa no teu pau e ficava ao corte.”
“- Se ele vinha ao pau eu cortava-lho, que eu estou seco.”
“- Metias o pau na copa, e ficavas ao corte.”

Ver chefes de família a ter conversas deste tipo, ainda para mais em ambiente familiar, onde muitas vezes o diálogo é entabulado entre pais e filhos, fez-me sempre alguma confusão. Fui-me habituando a estas coisas, mas, confesso, que ainda hoje acho um pouco estranho. E esta passagem de ano, passada com família e amigos, não foi excepção.


J. Mário Teixeira

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