quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MAITÊ, NÃO ABRAS A BOCA

A menina veio agora dizer que afinal se trata de humor, que lá no Brazil até gozam com o Lula e com gente importante. Coitada da rapariga está convencida que nós cá não chamamos mentiroso ao primeiro ministro, Pinóquio e o mais que for preciso, à Lurdinhas, à Manela…
A menina não percebeu que nós não lhe perdoamos porque ela brincou com o Mosteiro dos Jerónimos e com Sintra. No primeiro, cuspiu, mostrando aliás uma bela técnica que me faz adivinhar que tem tido muito treino em actuações bem mais recatadas…
Em Sintra, chamou a atenção para um três que, segundo ela, está ao contrário. A pobrecita, nem sequer tem imaginação, que na terra que Lord Byron amou aquela silhueta faz mais lembrar uma mulher de costas a oferecer-se ao seu amante. Lá está a cabeça, levemente inclinada sobre o peito no abandono do amor, as costas arqueadas em leve arfar, a cintura de vespa, e a seguir, voluptuosas, as ancas que recebem o seu homem.
Mas, realmente, não lhe podemos pedir o que não tem. E ainda não há lipoaspirações aos neuróneos!
Não faz ideia nenhuma sobre a história daqueles lugares, julga mesmo que tudo se resume a praia e a caipirinha, entremeada com “rapidinhas” no areal. Quando está de mal de massas vem a Portugal vender literatura de cordel e novelas de mau gosto.

Te amo, Portugau…

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