quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PARTIDO TRABALHISTA PORTUGUÊS CONCORRE ÀS LEGISLATIVAS E AUTÁRQUICAS

Um novo partido, o PTP – Partido Trabalhista Português, pretende apresentar listas às eleições legislativas e autárquicas nalguns distritos, incluindo Lisboa e Porto, adiantou à Agência Lusa o presidente Amândio Madaleno.
O Tribunal Constitucional autorizou a constituição do PTP no dia 1 de Julho, entre os requisitos, com um requerimento subscrito por mais de 7500 cidadãos eleitores.
O partido situa-se “no centro esquerda” para “dar a resposta às graves necessidades sociais do país”, referiu o advogado de 47 anos, residente em Lisboa e natural do Fundão – onde é eleito do PSD na assembleia municipal.
Amândio Madaleno recusa-se a definir uma posição em relação às outras forças políticas. “Temos um bocadinho de três”, PS, Bloco de Esquerda e PSD, partido de que foi militante até este ano.
“Mas é difícil renovar os partidos e há sempre lutas de grupos. Era preciso agir e criar um novo partido”, justificou. Conta cerca de 500 militantes inscritos, juntando “ex-sindicalistas e jovens licenciados, de forma a criar uma nova geração de políticos, mais ligados à população”.
O partido “está a preparar listas para as eleições legislativas em Lisboa, Porto, Coimbra, Setúbal, Santarém e Castelo Branco”. Nas autárquicas, vai tentar concorrer “às câmaras de Lisboa, Amadora, Odivelas e Belmonte”, referiu o presidente do PTP à Agência Lusa.
“A nossa estrutura ainda não nos permite ir a todos os concelhos do país”, refere Amândio Madaleno, que encabeça a lista que está a ser preparada para as legislativas por Lisboa.
O PTP promete “medidas concretas contra o ambiente de tristeza e desespero que se vive em Portugal”, nomeadamente com “maior facilidade de acesso à saúde e justiça. “Sem guerras contra classes profissionais, como aconteceu com José Sócrates, em relação aos juízes ou professores”, sublinha.
As propostas estão disponíveis em www.ptp.com.pt na Internet.
O presidente do partido destacou o facto de contar com “representantes de quase todas as classes profissionais”. No conselho nacional (disponível em www.ptp.com.pt) encontra-se um carteiro como vice-presidente ou uma doméstica como tesoureira do partido, lado a lado com um advogado, arquitecto e um economista, entre outros.
“Na Assembleia da República devia haver representação de todas as categorias profissionais”, justifica.
“Se pudermos suscitar a discussão sobre este e outros tópicos será óptimo. Nós não temos nada a perder”, acrescenta Amândio Madaleno. Mas não esconde que um “bom resultado” seria eleger dois ou três deputados e conquistar uma câmara.
Amândio Madaleno nem pensa estar a ser optimista. “Também me diziam que era absurdo formar um partido. Mas conseguimos pô-lo de pé em três meses”.
O PTP tem previstas gravações de tempos de antena e colocações de outdoors com síntese de algumas medidas, para além do contacto porta a porta.

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