segunda-feira, 28 de setembro de 2009

REACÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS

"O voto dos portugueses retirou a maioria absoluta ao PS", afirmou Manuela Ferreira Leite, numa sala de um hotel de Lisboa onde os dirigentes do PSD se reuniram para acompanhar o apuramento dos resultados das eleições legislativas.

"O PSD será, como sempre foi, uma oposição responsável, mas não se calará nem se deixará intimidar no pleno exercício dos seus direitos", prometeu a líder do PSD.

Já o CDS-PP, defendeu que um novo governo socialista terá que mudar a forma de governar em Portugal.

"A forma de governar Portugal tem que mudar. O rolo compressor de maioria absoluta de um só partido acabou e tem de dar lugar ao espírito de compromisso e cultura de negociação, como sucede em toda a Europa", defendeu Paulo Portas, dizendo ter conseguido contribuir para pôr fim à maioria absoluta do PS, um dos cinco objectivos a que o partido se propôs.

Quanto ao Bloco de Esquerda, Louçã congratulou-se pela derrota da "arrogância e do absolutismo da maioria absoluta do PS" e reiterou que "na segunda-feira" os bloquistas continuam com "as mesmas prioridades" com que se comprometeram.

"Não voltará a ser possível ao PS procurar impor um sistema de Segurança Social que degrada as pensões dos portugueses sem saber que tem pela sua frente uma esquerda muito mais forte, muito capaz e muito mais representativa", disse.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afastou, por outro lado, qualquer cenário de acordo com os socialistas, estando a possibilidade no "reino meramente académico".

"Só tínhamos um compromisso, era com o povo português. Não temos dois discursos, temos uma só palavra e uma só cara", afirmou o líder comunista, na primeira reacção aos resultados eleitorais.

Jerónimo de Sousa sublinhou que "o PS afirmou que ia manter o mesmo rumo da política, qualquer cenário", pelo que "qualquer consideração inevitavelmente entra para o reino meramente académico".

 

lusa

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