quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

INDULTOS DE 2009

Dos oito indultos, quatro foram de redução parcial de penas de prisão e quatro de revogação de penas de expulsão, refere um comunicado da Presidência da República.  
 
"Razões humanitárias e de ressocialização constituíram os fundamentos que estiveram na base das medidas de clemência concedidas", segundo o comunicado.
 
Os indultos foram concedidos "tendo em conta os pareceres dos Magistrados dos Tribunais de Execução das Penas, da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, dos Directores dos Estabelecimentos Prisionais e da direcção-geral de Reinserção Social, e de acordo com os processos instruídos no âmbito do ministério da Justiça". 
 
Os pedidos de indulto foram apreciados hoje entre o ministro da Justiça, Alberto Martins, e Cavaco Silva, numa reunião no Palácio de Belém que durou cerca de uma hora.  
 
Em 2008, tinham sido concedidos cinco indultos de um total de 351 pedidos apreciados. 
 
O indulto é uma medida individual de clemência concedida pelo Chefe de Estado, prevista na Constituição da República, e que pode abranger não só o perdão total ou parcial da pena de prisão, mas também a revogação de penas acessórias de expulsão do país aplicadas a reclusos de nacionalidade estrangeira. 
 
As medidas de clemência podem ainda ser a comutação da pena ou a substituição de uma pena por outra menos grave. Em quaisquer dos casos, os indultos só se aplicam a reclusos cuja sentença já transitou em julgado. 
Em 2007, dos 617 pedidos apreciados, Cavaco Silva concedeu seis indultos, sendo cinco reduções parciais de penas de prisão e um de revogação de pena de expulsão. 
 
Em 2006, Cavaco Silva concedeu 34 indultos, de 816 pedidos apreciados, um dos quais polémico. 
 
Devido a um erro - uma "incorrecção" do certificado de registo criminal - um dos indultados em 2006 era um foragido, condenado num processo anterior a quatro anos e meio de cadeia e sobre o qual pendiam vários mandados de captura nacionais e internacionais por ter fugido para o estrangeiro. 



LUSA

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