quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O MELHOR DA VIDA SÃO OS AMIGOS

É fácil falar com amigos. É muito difícil falar deles. Criticar um amigo é difícil. Elogiá-lo é dificílimo.
Os amigos não são todos iguais: há aqueles de quem nos sentimos filhos, outros que despertam em nós uma espécie de instinto paternal, outros que são irmãos, outros ainda são vítimas ou carrascos de brincadeiras, nenhum deles menos amigo por isso.
Gosto das pessoas de quem gosto porque são humanas. Há, a propósito, uma frase que diz mais ou menos isto: apesar de conhecermos os nossos amigos, continuamos a gostar deles. Por isso, não vejo os amigos como heróis imaculados, à excepção de um que quase alcança esse estatuto.
Em quase todos os meus amigos vejo defeitos, alguns deles até irritantes. Devo, no entanto, confessar que conheço poucos defeitos nesse meu amigo. Aliás, posso dizer que tem tantas virtudes tão irritantes que chegam a ser os únicos defeitos que lhe encontro. Já sei que a sua sincera modéstia vai levá-lo a dizer que estive aqui a dizer disparates, mas terei de lhe perdoar, tal como ele me perdoará por estar a elogiá-lo.

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