Os indultos presidenciais são dados a quem está a cumprir penas por prática de um qualquer crime. Logo, um indulto presidencial não deveria ser considerado um “sinal” à sociedade e à classe política, porquanto se se fosse por essa interpretação, o PR estaria todos os anos a dar sinais pressionando a despenalização de homicídios, assaltos, latrocínios, fraudes, violações, etc., etc..
Se um cidadão recebe uma condenação (partindo sempre do princípio de que tal condenação foi justa) por algum crime praticado é mais do que justo que eles paguem as suas penas sem terem direito a algum benefício que possa possibilitar o contacto com o mundo aqui fora.
Os presos têm direito a abrigo, comida, trabalho (facultativo), roupa,..., ou seja, tudo aquilo que um cidadão de bem tem direito com a pequena diferença de que os primeiros nada têm de fazer para os obter ao passo que os segundos têm de trabalhar no duro para terem uma vida dita normal. A única coisa de que um criminoso é privado é da sua liberdade, é o mínimo que se lhe pode exigir.
Se um cidadão é condenado tem de responder pelos seus actos e acatar com as consequências que daí advêm; estão presos não estão de férias (o que por vezes parece)!
Uma outra questão que me assola a mona é o facto dos indultos serem dados (literalmente, dados) na época natalícia. Porquê desta data? É natal e é a época da solidariedade, fraternidade, da sagrada família e do menino Jesus? Mas não vivemos num estado Laico? Se é só coincidência por si só é muito estranho! Se quisessem dar os indultos do meu ponto de vista fazia mais sentido que tal fosse feito do dia mundial da paz (apesar deste também ter raízes religiosas mas que cada vez mais se torna num acto civil).
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