sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CANCELAMENTO DO JORNAL NACIONAL DE SEXTA-FEIRA DA TVI

A Administração da TVI deu ordens para cancelar o Jornal Nacional de Sexta, que marcava hoje o regresso de Manuela Moura Guedes aos écrans da televisão da Mediacapital. A notícia levou à demissão em bloco da Direcção de informação e das chefias na redacção da TVI. De acordo com o comunicado da Mediacapital enviado para a CMVM, João Maia Abreu, Director de informação, mantém-se interinamente em funções até à nomeação de nova direcção, o que pode acontecer já hoje. Mário Moura, Manuela Moura Guedes, director-adjunto e sub-directora, e Maria João Figueiredo e António Prata, chefes de redacção, cessam funções de imediato.
A edição de hoje do Jornal Nacional de Sexta seria a primeira da era pós-Moniz. Apurou-se que o Jornal de Sexta iria contar com cinco peças sobre o caso Freeport, no qual José Sócrates foi envolvido. Na manhã de ontem, o Correio da Manhã dava conta dos primeiros sinais de desconforto na TVI, pelo cancelamento da promoção do programa.
Manuela Moura Guedes, estava de qualquer forma convicta de que hoje iria apresentar o jornal, tanto que disse, ainda hoje ao DN que "só se fossem muito estúpidos é que me tiravam do ar". A data do reinício do programa foi anunciada a 7 de Agosto, quando disse que tinha recebido "indicações de que o jornal regressaria a 4 de Setembro e seria muito estranho se isso não acontecesse".
No dia em que José Eduardo Moniz anunciou sair da TVI, mostrou-se também convencido que a decisão não iria ter consequências para a mulher. Em directo no Jornal Nacional defendeu que "seria um escândalo que assim não fosse" porque "não faz sentido que se considere eliminar um bloco de informação [o Jornal de Sexta] que é uma referência para o jornalismo", justificou.
A 20 de Junho, antes de partir para férias, Manuela Moura Guedes dizia ao: "Seria muito estranho, e um erro de gestão, tirar do ar um programa líder de audiências, numa televisão cujo negócio são as audiências". "Fala-se em questões políticas ou em questões editoriais, mas isso nem nos passa pela cabeça" adiantou na altura. Porém, dizia que não está "agarrada ao ar".
A jornalista foi referenciada por José Sócrates como o aríete do "jornalismo transvestido" e da perseguição política de que o primeiro-ministro se diz vítima.

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