quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

RESUMO DE NOTÍCIAS DE 19 DE FEVEREIRO DE 2009

Governo· "Em princípio serei candidata à Europa" (Diário Económico)Em entrevista, Elisa Ferreira não responde se ficará como vereadora na Câmara do Porto se perder a corrida contra Rui Rio, alegando que não equaciona o cenário de derrota. No entanto, a ex-ministra de António Guterres revela que tenciona fazer parte da lista do PS às eleições europeias.· "O Governo tem que perceber que o Porto é estratégico" (Diário Económico) // Elisa Ferreira, a conciliadora que é capaz das grandes rupturas, avança para o Porto (Público)No dia em que apresenta a sua candidatura à Câmara do Porto, Elisa Ferreira, assume ao Diário Económico que o Governo já lhe garantiu que vai olhar pelos interesses da cidade do Porto. A candidata independente apoiada pelo PS adianta que "tem a garantia por parte do Governo, e confio, que perceberão a importância da região". "Tenho falado com o primeiro-ministro e com alguns ministros, e penso que eles terão que perceber, quase por definição, que de facto o Norte e o Porto são absolutamente estratégicos", explica a adversária de Rui Rio nas próximas eleições autárquicas. Elisa Ferreira deixa mesmo um aviso: "é preciso que as pessoas se convençam que o país não se relança, sem que o Porto se relance, ou seja, o Norte pode dar a mudança que falta ao país". A eurodeputada diz que "o grande objectivo da autarquia portuense tem que ser virar a cidade para fora e pô-la como um grande protagonista nacional".· PS e PSD desmentem pacto de regime (Diário de Notícias)O dirigente socialista Augusto Santos Silva desmentiu ontem que o seu partido defenda um pacto de regime com o PSD para melhor enfrentar a crise económica. "Há aí um equívoco", afirmou, comentando uma notícia do Jornal de Negócios dando conta desta hipótese. Aquele diário noticiou que o "PS abre a porta a um pacto de regime com o PSD" baseando-se em duas declarações: uma de Augusto Santos Silva ("Notamos a evolução no discurso do PSD. A severidade da crise implica o esforço de todos os partidos") e outra do porta-voz do PS, Vitalino Canas ("Hoje em dia, tendo em conta as dificuldades, seria obviamente importante haver o maior consenso possível"). · "Ideias, precisam-se", diz Alberto Martins (Diário de Notícias)Porque, segundo Alberto Martins, "ideias novas, precisam-se", a direcção do grupo parlamentar do PS e a Fundação Res Publica, também do PS, assinaram ontem na Assembleia da República um protocolo de colaboração. O acordo visa, segundo explicou o líder parlamentar socialista, "projectar" o "debate de ideias" no grupo parlamentar e "potenciar a divulgação das suas actividades". Nomeadamente organizando ciclos de conferências em conjunto com a fundação e conseguindo para os deputados um espaço fixo na revista da fundação, a trimestral "Finisterra", dirigida ainda hoje, como de há 20 anos para cá, por essa "figura luminosa", o "psicanalista de Portugal" Eduardo Lourenço.

Saúde· Taxas moderadoras na saúde dividem PS (Diário Económico) // Socialista Vera Jardim em dúvida para votação sobre taxas moderadoras propostas pela oposição (Público)Promete ser um debate aceso e com posições divergentes entre os socialistas. Na reunião do grupo parlamentar de hoje, o PS vai discutir a posição a tomar perante os projectos da oposição para pôr fim, no todo ou em parte, ao pagamento de taxas moderadoras na saúde. A discussão das propostas decorreu ontem no Parlamento, mas a votação foi adiada uma semana a pedido do PS. Entre os socialistas existem ideias divergentes. O Diário Económico sabe que o próprio Governo está "desconfortável" com as taxas impostas para internamento e ambulatório no mandato de Correia de Campos, devendo deixar um sinal na votação da próxima semana de que poderá revogar a decisão, mas apenas numa próxima legislatura. Será esta a mensagem a deixar hoje no grupo parlamentar, tentando evitar que deputados, como Manuel Alegre ou Matilde Sousa Franco - que não concordam com as taxas moderadoras no internamento e no ambulatório se coloquem contra o partido e votem favoravelmente os projectos da oposição.

Educação· Sócrates fala em 'revolução' na escola básica (Diário de Notícias)O primeiro-ministro considerou ontem estar em curso uma "revolução" no ensino básico, dizendo que a requalificação dos estabelecimentos de ensino contribui ainda para o combate à crise e promove o emprego. "Está a acontecer uma revolução na antiga escola primária. É a maior operação de requalificação da escola pública que há memória em Portugal", declarou José Sócrates após inaugurar um novo centro escolar em Alenquer. Sempre acompanhado pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, o líder do executivo visitou ontem de manhã as obras em curso na Escola Básica Barbosa do Bocage, na Póvoa de Santo Adrião (Odivelas), e inaugurou o Centro Escolar de Paredes em Alenquer.

Oposição· PSD é "o mais interessado" em esclarecer papel de Dias Loureiro (Diário Económico)Dias Loureiro vai voltar ao Parlamento, para ser ouvido uma segunda vez na comissão de inquérito parlamentar sobre a nacionalização do BPN. Desta vez terá que esclarecer se "mentiu" à comissão, como noticiou o Expresso, ou se relatou apenas aquilo de que se lembrou por lapso, ignorando a existência do Excellence Assets Fund, um fundo que serviu de base a um negócio ruinoso em Porto Rico e que teve a assinatura do antigo administrador da Sociedade Lusa de Negócios. As implicações políticas da situação têm estado em cima da mesa, perante a possibilidade dos partidos usarem a ligação estreita de Dias Loureiro ao PSD para atacarem o partido ou perante o facto de este ser conselheiro de Estado. · CDS quer a CGD a apoiar as PME e o investimento (Diário de Notícias) // Oposição critica estratégia do Governo no combate à crise (Público)O líder do CDS/PP, Paulo Portas, apresentou ontem um pacote de medidas para responder à actual situação de crise que passa pela criação de um "cheque fiscal em 2009, mediante uma devolução de impostos, dirigida às famílias dos cinco primeiros escalões do IRS, permitindo devolver poder de compra às famílias de classes médias e desfavorecidas". Paulo Portas frisou que "em tempo de recessão o país espera medidas muito mais eficazes de resposta à crise social e económica" e criticou José Sócrates pelas declarações deste em relação aos últimos números do desemprego. Falando num debate de actualidade sobre a crise económica, o pacote do CDS propõe a "moderação da retenção na fonte dessas mesmas famílias e escalões, alterando as taxas efectivas das respectivas tabelas de retenção considerando que "o que o Governo fez foi uma mera actualização de escalões". · Líder do PSD resolve crise com 1% do PIB (Diário de Notícias) // Pacote proposto pelo PSD deve rondar os 1500 milhões de euros (Público)A líder do PSD garante que com 1500 milhões de euros -1% do produto interno bruto - seria possível salvar da falência as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas em tempo de crise. Manuela Ferreira Leite apresentou ontem, em Setúbal, um pacote de 20 medidas destinadas a reforçar a competitividade das PME e a assegurar os respectivos postos de trabalho, garantindo que apesar de algumas das medidas já terem sido reprovadas pelo PS se recusa em embarcar em "encenações". A presidente laranja denunciou que o Governo "agravou o défice em 1% em praticamente 15 dias, sem que tivesse tomados medidas com impacto directo e imediato na situação actual", pelo que fechou a porta a um eventual pacto de regime com o Governo em torno desta matéria. "Os pactos só são necessários para forçar as pessoas a fazerem coisas diferentes e não preciso de um pacto para dar o meu contributo." · PSD diz que ministro "deveria dar a cara" (Jornal de Notícias) O PS vai apenas requerer a audição do secretário de Estado da Presidência por causa da divulgação de nomes dos dirigentes das secretas. O PSD contesta e acha que, dada a gravidade, deveria ser o ministro a assumir a responsabilidade. O líder parlamentar do PSD considera "incompreensível" a indisponibilidade do ministro da Presidência em ir dar esclarecimentos, em sede de comissão, sobre a revelação da identidade de alguns dos elementos do Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), preferindo delegar essa tarefa ao secretário de Estado, Jorge Lacão. · A verdade segundo Manuela (Visão)Marqueteiros diplomados fizeram estudos e concluíram que a palavra que melhor cola a Manuela Ferreira Leite é «verdade». Assim, a única promessa eleitoral que a líder do PSD terá feito até ao momento foi a de «dizer a verdade» aos portugueses. «Mais vale ter três por cento e dizer a verdade, do que ter oitenta e andar a fazer listas de promessas e coisas que não são para cumprir e só desacreditam a classe política», assume Manuela. Mas com os estudos de opinião a pressionarem e a detectarem uma sensação de vazio e de silêncio do lado do PSD, os sociais-democratas vêem-se obrigados a avançar com novas estratégias para fazerem ouvir as suas propostas. Com este objectivo, o partido marcou para ontem, dia 18, em Setúbal, o anúncio de um pacote de 20 medidas anti-crise, destinadas a relançar a Economia através do apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME).

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