terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

RESUMO DE NOTÍCIAS DE 9 DE FEVEREIRO DE 2009

Governo· António José Seguro: "Nada explica que os governos não respondam" (Diário Económico)Bateu-se por um Parlamento mais moderno, mais ecológico e, acima de tudo, mais fiscalizador das práticas do Governo. António José Seguro, deputado da bancada socialista, liderou o grupo de trabalho que durante este mandato conseguiu aprovar um novo regimento da Assembleia da República, onde uma das recomendações passou por tentar garantir que os requerimentos feitos pelos deputados ao Governo não ficavam sem resposta Para isso, impôs-se um prazo de 30 dias para cada gabinete responder ao Parlamento. · Sócrates penaliza ricos para aliviar classe média (Jornal de Notícias) // Sócrates quer ajudar classe média (Diário Económico)O primeiro-ministro quer um sistema fiscal mais progressivo que ajude mais a classe média e menos os ricos. Propõe reduzir as deduções fiscais dos rendimentos mais elevados. A regionalização vai novamente a referendo. Foi para uma sala completamente lotada do Hotel Sheraton do Porto que José Sócrates apresentou, ontem, as linhas mestras da moção que irá levar ao congresso do PS no final do mês. Mais justiça fiscal, um novo referendo sobre a regionalização, o direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e o alargamento da escolaridade obrigatória para doze anos foram as principais propostas reiteradas pelo secretário-geral do PS aos militantes socialistas do Porto. Os ricos que paguem a crise (24 Horas) // Sócrates quer aliviar a classe média (Correio da Manhã)O secretário-geral do PS disse ontem no Porto que pretende diminuir as deduções fiscais dos mais ricos para poder aliviar a carga fiscal da classe média. "É preciso aliviar a carga fiscal da classe média fazendo com que aqueles que são mais ricos possam deduzir menos naqueles que são os seus contributos para o Estado", disse José Sócrates. "É a nossa proposta-bandeira no combate às injustiças fiscais", afirmou, durante a apresentação da moção "PS: A força da mudança", realizada ontem num hotel do Porto. Sócrates recordou o "enorme esforço" que o seu Governo fez no combate à evasão fiscal - "também uma forma de fazer justiça" -, afirmando que o seu executivo "bateu todos os recordes" em termos de recuperação das dívidas ao fisco.

Oposição· Louçã promete mais Bloco no Parlamento (Jornal de Notícias) // Peso da linha oficial cresce na mesa nacional do partido (Público)Louçã foi ontem reeleito coordenador da Comissão Nacional do Bloco. No discurso de encerramento da VI Convenção, defendeu uma "Esquerda grande" e prometeu reforçar a presença parlamentar (mais de 8 deputados). Os 604 delegados à VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda (BE), que este fim-de-semana se realizou no Complexo Municipal do Casal Vistoso, em Lisboa, optaram pela continuidade, ao votarem maioritariamente (439) na lista A, encabeçada por Francisco Louçã, para a Comissão Nacional, o órgão máximo do partido entre convenções. Com este resultado, a lista de Louçã elegeu 63 elementos, mais um do que em 2007. Também sem surpresa, a Moção A, intitulada "Toda a luta da Esquerda Socialista para 2009", que tinha como primeiros subscritores Francisco Louçã, Luís Fazenda, Ana Drago, Fernando Rosas e Miguel Portas, saiu vencedora, arrecadando 424 votos. "Ferreira Leite puxa o PSD para baixo" (24 Horas)Já foi um dos grandes apoiantes de Manuela Ferreira Leite à frente do PSD, mas agora Marcelo Rebelo de Sousa considera que "a imagem da líder está a puxar o PSD para baixo e tudo por culpa dos conselheiros, que estão a afunilar a imagem de Ferreira Leite". "Estou preocupado com o PSD", disse ontem na sua crónica na RTP. No mesmo bloco de comentário dominical, Marcelo disse acreditar que o ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva é "efectivamente um pigmeu político. Quis ironizar com a história do pigmeu ao lado de Manuel Alegre, mas ele é mesmo um pigmeu e ponto final". · PSD: Marco António Costa concorda com criticas de Marcelo Rebelo de Sousa à liderança social-democrata (Lusa)O líder da distrital do Porto, do PSD, Marco António Costa, manifestou hoje "concordância genérica" com as críticas de Marcelo Rebelo de Sousa à estratégia da actual direcção nacional do partido. Contudo, Marco António Costa ressalvou que estão já a ser tomadas iniciativas para inverter a actual situação, e que, por esse motivo, é necessário "dar espaço para ver o resultado concreto desta nova fase". O dirigente da distrital social-democrata do Porto apontou, nomeadamente, a reunião realizada na última semana com as distritais na qual foi decidido avançar com iniciativas no terreno, com a presença da líder, Manuela Ferreira leite.· A "esquerda grande" do BE (24 Horas) // Louçã quer "uma esquerda grande anti-capitalista" (Correio da Manhã)Francisco Louçã garante que o objectivo do partido é crescer, para impedir uma nova maioria absoluta do PS e forçar o Governo a ter políticas socialistas Crescer e "roubar" votos ao PS para impedir que os socialistas obtenham a maioria absoluta. Ser "uma esquerda grande e capaz para combater os inimigos e a exploração". Estes são os objectivos prioritários do Bloco de Esquerda, que ontem encerrou a VI Convenção do partido. Quem fechou o fim-de-semana bloquista foi Francisco Louçã, que apelou a convergências de esquerda para forçar políticas "socialistas e anticapitalistas" de combate à desigualdade. A tal "esquerda grande", que "tem de ser anti-capitalista e só pode ser socialista. Grande pela representação dos mais explorados, dos trabalhadores, dos explorados", afirmou.

Opinião· A origem das espécies – Editorial (Jornal de Negócios)Em artigo de opinião Sim, a crise cria oportunidades. Mas gera ainda mais oportunismos. A demagogia anda à solta e não é apenas na Convenção do Bloco de Esquerda. Do gestor que invoca a crise para cortar custos ao político que o critica para ganhar votos, quem é mais demagógico? O Bloco de Esquerda é uma construção política em ascensão e sem equívocos ideológicos: os 10% que nele querem votar não vão ao engano. Mas os discursos da Convenção deste fim-de-semana revelam que o populismo perdeu toda a vergonha. Fechando dois coelhos numa toca, Louçã chamou à reprodução produção e fez da natalidade economia: é o factor trabalho! Já duas notas de euros trancadas numa caixa nada fazem: é o factor capital. Os personagens - coelhos, dinheiro e Bloco - não precisavam desta rábula para ficar com a fama que têm. Vindo isto de Louçã, não é ignorância - logo, é demagogia. · Uma incógnita para o próximo ciclo eleitoral (Público)Em artigo de opinião São José Almeida afirma que Francisco Louçã foi claríssimo. O objectivo eleitoral do Bloco de Esquerda é crescer nas urnas. E perceber se este partido atinge este objectivo é uma das grandes incógnitas do ciclo eleitoral. A expectativa não é tanto sobre se o BE irá subir em votos. Isso é esperado, a acreditar nas sondagens. A incógnita é a de saber até onde poderá ir esse crescimento e mesmo se o BE pode, logo nas europeias, ultrapassar o PCP. Esta expectativa não é apenas importante para quem se interessa pelas particularidades da esquerda em Portugal. Pode ser decisiva para o que venha a ser o perfil da Assembleia da República.

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