quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

RESUMO DE NOTÍCIAS DE 25 DE FEVEREIRO DE 2009

Governo· Oposição obriga Governo a debater o desemprego (Diário Económico)Apesar de manter um discurso optimista, o Governo será hoje confrontado, por toda a oposição com o seu maior problema político: o desemprego. As "políticas económicas e sociais" (por proposta do PCP) será o tema do debate quinzenal com o primeiro-ministro mas, tendo em conta a actualidade, será no aumento exponencial de portugueses inscritos nos centros de emprego que a oposição colocará o ênfase. O líder parlamentar do PSD diz que os dados apresentados são "preocupantes". Ao Diário Económico, Paulo Rangel acrescenta que "o PSD estranha que o Governo os considere animadores, depois dos despedimentos a que assistimos em Janeiro". Por isso, vai insistir com as propostas de redução da taxa social única, suspensão da penalização dos contratos a termo e extensão do subsídio de desemprego. · Um PS que oscila entre o 'grand' e o 'petit' comité (Diário de Notícias)O secretário-geral do PS vai aproximar-se mais das bases do partido neste ano eleitoral. A mudança nas relações de José Sócrates com os socialistas está a ser preparada pela sua direcção, mas não vai ser anunciada no congresso do próximo fim-de-semana, em Espinho. "A mudança é para se sentir e não para se anunciar", afirma ao DN José Lello. Este membro do Secretariado do PS com o pelouro das relações internacionais admite que as legislativas são o motor da mudança, só não reconhece que Sócrates tenha sobreposto o Governo ao PS. "Nunca vi um secretário-geral ir tantas vezes ao partido."

Oposição· PCP e PSD querem mais explicações (Jornal de Notícias) // PCP questiona Sócrates sobre a economia (Diário de Notícias)O PCP, através de Jorge Pires, considera que a decisão do Governo de não utilizar mais recursos públicos no BPP "vai ao encontro" do que os comunistas defendem e justifica "mais explicações" do Executivo sobre as recentes intervenções estatais nos bancos. Também o PSD considera que a decisão "vai no bom caminho" mas "carece de ser esclarecida". Para Paulo Rangel, é preciso que o Governo "faça uma definição mais clara quanto à estratégia para o BPP".

União Europeia· Bruxelas aprova estratégia orçamental (Diário de Notícias)A Comissão Europeia vai hoje em Bruxelas dar o seu aval à estratégia orçamental do Governo português, considerando-a "adequada" à desaceleração económica actual, mas adverte que a falta de crescimento pode atrasar a consolidação das contas públicas. Bruxelas irá também confirmar a sua decisão de não abrir um procedimento por "défice excessivo" contra Portugal, considerando que a derrapagem do défice orçamental prevista para 2009 é excepcional e explicada pela crise económica.

Opinião· PS: os perigos do unanimismo ou o medo de existir (Público)Em artigo de opinião, António Fonseca Ferreira considera que o Partido Socialista e o reeleito secretário-geral, José Sócrates, estão numa encruzilhada: ou iniciam um processo de renovação, ou se esgotam como liderança, como solução governativa e como partido. As votações unanimistas das recentes eleições internas do PS justificam inquietação e merecem uma séria reflexão por parte da direcção do partido. É demasiado óbvio que elas correspondem a uma situação de "anomalia democrática", de falta de pluralismo - efectivo e activo. Pluralismo que é a seiva da democracia, hoje ainda mais do que ontem, porque as sociedades contemporâneas reflectem uma crescente diversidade. · A importância de ter um líder próximo das bases - Editorial (Diário de Notícias)Numa época em que os partidos têm cada vez mais dificuldade em captar novos militantes, a primazia concedida às bases é decisiva para garantir lideranças fortes e confortáveis. Embora já tenha feito algumas incursões ao chamado "roteiro da carne assada", a verdade é que a presidente do PSD ainda não conseguiu, a poucos meses das três eleições que se disputam este ano, afirmar-se incontestavelmente no interior do seu partido. Ao contrário, José Sócrates continua a ser, apesar de tudo, um líder forte. A única dúvida é saber se esta realidade tem depois tradução nos resultados do jogo eleitoral nacional.

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